No dia 11 de agosto completamos cinco meses desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou para pandemia a contaminação por coronavírus no mundo. As coisas parecem estar se acalmando, se encaixando em um “novo normal”, mas o perigo ainda nos ronda. Já são mais de 96 mil mortos por Covid-19 no país.
Antes mesmo do Estatuto do Idoso, instituído em 2003, o artigo 230 da Constituição Federal, promulgada em 1988, já dizia que cabia à família, à sociedade e ao Estado o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhe o direito à vida.
O direito à vida, ameaçado pela pandemia de Covid-19, deve ser assegurado a todos, não apenas aos idosos. O envelhecer com dignidade e qualidade de vida deve ser garantido desde a primeira infância com políticas públicas desenvolvidas por governos municipais, estaduais e federal, mas também com a efetiva participação da sociedade.
Não se trata aqui apenas de voluntariado, de integrar projetos e ações voltadas para o bem comum. Com a vacina ainda em um horizonte distante e sem medicamentos comprovadamente eficientes, ficar em casa já é muito importante. Assim como manter a etiqueta respiratória e reforçar a higiene, lavando as mãos com frequência e usando álcool gel.
Faça a sua parte como um gesto de cuidado não apenas consigo mesmo, mas, principalmente, com o outro. O distanciamento social se mantém como a melhor medida para evitar o contágio. Não é porque tudo está reabrindo, que devemos sair correndo e matar a vontade de bater perna na rua. Porém, se precisar sair, #usemáscara.
O “novo normal” vai se instalando, e não se sabe dizer ainda o que é e como será. Como venceremos as dificuldades econômicas que se apresentam e vão se intensificar? Será que as pessoas serão mais solidárias, menos preconceituosas? A compaixão pela dor do outro infelizmente rapidamente dá lugar ao preconceito e julgamento.
O ser humano é muito complexo, heterogêneo, indiferente da faixa etária. A única certeza nesse período preocupante da nossa história é que é preciso assumir um compromisso com a sociedade, com a cultura de um cuidado com todos. Proteger a vida é tarefa de todos!