Em meio ao avanço dos casos do novo coronavírus, o COVID-19, é preciso que cada um faça sua parte optando pelo isolamento social e reforçando hábitos de higiene como lavar as mãos com frequência e o uso do álcool gel. Principal grupo de risco, com alta taxa de mortalidade comparada às demais faixas etárias, as pessoas idosas exigem ainda mais cuidado.
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E o problema não está apenas na propagação da doença, mas das notícias falsas, as famosas fake news, que se espalham com mais agilidade que as medidas preventivas. Todo cuidado é pouco, é preciso constatar a veracidade da notícia e ter certeza antes de compartilhar. Vamos evitar um pânico ainda maior do que a pandemia mundial já provoca.
Qualquer dúvida sobre a doença, sintomas, formas de prevenção, localização de unidades de saúde, podem ser esclarecidas pelo aplicativo criado pelo Ministério da Saúde, o Coronavírus – SUS, disponível para os sistemas Android e IOS.
Veja no quadro preparado pelo ministério como diferenciar coronavírus, gripe e resfriado.
Voltando aos idosos, sem sociabilidade é difícil viver, é preciso fazer parte, interagir. Como solução para este problema surgem iniciativas como da pesquisadora Marília Duque, que estuda a relação de idosos com a tecnologia e a grande adesão ao WhatsApp.
Marília lançou o “Tem um anjo da guarda no meu WhastApp” para atenuar a sensação de solidão e abandono que pode ocorrer com o isolamento. Cabe aos voluntários, que também podem ser idosos, acompanhar o estado de saúde da pessoa idosa e estar disponível para conversar ao longo do dia.
Mas não cabe apenas aos indivíduos e à sociedade fazer a sua parte para que passemos por essa crise da melhor forma possível, o poder público tem um papel fundamental. E será que o Sistema Único de Saúde (SUS) está preparado para atender pessoas idosas?
Segundo o artigo 18 do Estatuto do Idoso, “as instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda”. É o que prevê a legislação, mas é o que acontece na prática? Na maioria das vezes, não.
Por isso é preciso exigir, tratamento digno para as pessoas idosas nas unidades de saúde no cotidiano das unidades de saúde, e principalmente em momentos como este. Que cobremos de nós mesmos e também do poder público, enfrentar a crise do coronavírus com o comprometimento e seriedade que ela exige em prol da nossa saúde e principalmente do bem-estar de todos.