Indicadores devem nortear políticas públicas de São Paulo

Indicadores devem nortear políticas públicas de São Paulo
Fotos: Divulgação (Fotos: Mesa de abertura - a secretária municipal adjunta da Pessoa com Deficiência, Marinalva Cruz, secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto,e a coordenadora de Políticas para Pessoa Idosa, Sandra Regina Gomes)

Não importa os lugares por onde você passa diariamente, a atividade que você exerce, o seu lazer, o bairro ou a cidade onde mora, ou ainda tipo de transporte que utiliza, o número de pessoas idosas é cada vez maior pelo mundo e vai continuar aumentando. Por isso a necessidade de políticas públicas, iniciativas sociais e privadas, que tenham foco nestas demandas tão diversas e que sejam construídas em conjunto com quem passou dos 60 anos.

Para atender estas diferentes demandas é importante conhecer este público, por isso no dia 11 de fevereiro a Coordenadoria de Políticas para Pessoa Idosa, da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, lançou os Indicadores Sociodemográficos da População Idosa Residente na Cidade de São Paulo.

São números importantes, embora parte deles com base no Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas como disse o responsável técnico pelos indicadores, Renato Souza Cintra, a realidade da cidade embora se transforme, não muda tão rapidamente.

Também foram pesquisadas as Projeções Populacionais da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) da Secretaria Municipal da Saúde.

Desigualdade é o que evidencia o levantamento, que traz indicadores dos 96 distritos das cinco macrorregiões da cidade – Sul, Norte, Leste, Oeste e Centro. A organização foi feita em cinco dimensões: Características Demográficas (11 indicadores), Condições de Vida (6), Condições de Habitação (4) e de Saúde (6), além de destacar a rede de serviços públicos de cada macrorregião.

Os indicadores apontam como está a população idosa em relação à dependência, violência, deficiência, educação, moradia em domicílios adequados ou não, expectativa de vida ao nascer, entre outros pontos importantes. Um dos dados demográficos é o aumento percentual dos idosos na cidade de São Paulo que representava 11,9% em 2010, e em 2019, passou para 15,2%.

Entre os fatores que evidenciam a desigualdade na cidade, o analfabetismo que supera 25% em alguns distritos periféricos, e ainda a diferença de expectativa de vida ao nascer que varia em 14 anos na cidade. São só alguns pontos deste importante trabalho que tem como objetivo:

“contribuir de maneira decisiva no planejamento da Política Pública e consequentemente na melhora da qualidade de vida dos idosos em São Paulo”.

E é preciso cobrar para que assim seja, fazer valer os direitos que não saem do papel para os idosos de hoje e de amanhã. O inciso 1º do artigo 10 do Estatuto do Idoso fala de liberdade. Conheça:

“O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos:

I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;

II – opinião e expressão;

III – crença e culto religioso;

IV – prática de esportes e de diversões;

V – participação na vida familiar e comunitária;

VI – participação na vida política, na forma de lei;

VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação”.