Projeções populacionais reforçam debate sobre o envelhecer

abertura com o vereador Gilberto Natalini
Abertura com o vereador Gilberto Natalini

Para entender a importância das questões ligadas ao envelhecimento e a longevidade, uma ferramenta fundamental é o Sistema Seade de Projeções Populacionais, que abrange o Estado de São Paulo. A estimativa para a cidade de São Paulo é que em julho desse ano a população idosa representava aproximadamente 1,8 milhões de pessoas, superando o número de crianças de até nove anos estimado em 1.572.172.

Em 2030, apenas o número de pessoas entre 60 e 64 anos (686.507) deve ser maior que o de crianças de até quatro anos (656.524). Usando a comparação anterior serão 1.355.694 crianças com até nove anos, ou seja, uma redução significativa em dez anos, enquanto as pessoas com 60 anos ou mais serão 3.177.606, praticamente 25% do total de habitantes de São Paulo.

Se avançarmos mais 20 anos, serão ainda menos crianças de até nove anos (1.169.203), e entre a população idosa, haverá um acréscimo de aproximadamente 450 mil pessoas (3.633.973). São dados como esses que comprovam a necessidade de pensar no envelhecimento desde já, de forma individual, e principalmente como sociedade, poder público e iniciativa privada.

Desafios do envelhecimento populacional

O que será dessas pessoas que precisam de oportunidades de trabalho e renda, manter-se inseridos socialmente, acesso à saúde de qualidade, programas de educação continuada, atividades físicas, de lazer e esportivas? Há iniciativas por toda parte, a Prefeitura de São Paulo vem avançando por meio das ações da Coordenadoria de Políticas para Pessoa Idosa, sob o comando de Sandra Regina Gomes. Iniciativas que fazer do órgão, ligado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, uma referência para outras cidades.

Ainda são muitos os desafios para que a pessoa idosa possa gozar, como estabelece o artigo 2 do Estatuto do Idoso, “de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”.

Cidade para todos

Precisamos caminhar juntos para o desenvolvimento de novos programas e projetos, ampliação e aperfeiçoamento dos já existentes, que certamente vão beneficiar não apenas as pessoas idosas, mas toda a população. Aliás “São Paulo: seus bairros são amigos dos idosos?” é o tema do V Congresso Municipal sobre Envelhecimento Ativo.

O evento tradicional da cidade de São Paulo, que tem entre os parceiros a Virada da Maturidade, esse ano foi totalmente online no dia 12 de setembro, transmitido a partir da Câmara Municipal de São Paulo. Como dizem os especialistas e não é difícil concordar com eles, uma cidade amiga do idoso, é amiga de todos.